Uma profissão estratégica para a produção animal



"Zootecnista pode atuar tanto no setor agropecuário quanto em outras áreas, como criação de animais de companhia e projetos de preservação da fauna"



Que o Brasil é o país do agronegócio, todo mundo sabe. Mas a maioria das pessoas desconhece uma das profissões mais importante para a manutenção desse status: a de zootecnista.

As atribuições desse profissional, que tem seu dia comemorado em 13 de maio, são comumente confundidas com as dos médicos veterinários. Mas os especialistas garantem que as duas áreas, embora atuem em função do mesmo objeto – o animal – têm atuações complementares.  Enquanto o médico veterinário está mais focado em questões sanitárias, o zootecnista tem seus objetivos voltados à parte de produção animal, seja na área de atividades pecuárias, preservação de espécies ou criação de animais de companhia, lazer e esporte.

“A Zootecnia estuda a exploração econômica dos animais domésticos com o objetivo de tornar os rebanhos e criações mais produtivos, respeitando os direitos e limites de cada espécie”, explica o zootecnista e presidente da Comissão de Zootecnia do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Henrique Tavares.

A profissão é regida pela Lei n° 5.550, de 4 de dezembro de 1968. A legislação prevê que o zootecnista atue tanto na área de produção, melhorando a alimentação, a genética e a adaptação do animal ao meio ambiente, quanto na área de pesquisas, planejando e realizando estudos que orientem a criação. Ele também pode administrar fazendas ou instalações rurais e fazer a supervisão técnica de exposições oficiais e estações experimentais.

A agropecuária é a área para a qual, na maioria das vezes, o zootecnista acaba se direcionando. “Nesse setor, o profissional trabalha no gerenciamento, planejamento e administração de fazendas, granjas e agroindústrias, desde a produção até a comercialização, dinamizando e tornando eficaz o processo. Ele atua em todos os setores da produção animal, desde nutrição, melhoramento genético, reprodução e sanidade. Nesse processo, ele leva em conta fatores como bem-estar animal, sustentabilidade econômica e ambiental da propriedade, permitindo ao consumidor adquirir produtos de origem animal com qualidade e biossegurança”, explica Tavares.

Mas, para ter sucesso na profissão e estar preparado para enfrentar o mercado de trabalho, não basta uma boa graduação. “Ele precisa abranger em seu conhecimento uma consciência ética, política e humanística, além de visão crítica global sobre a conjuntura econômica social, política, ambiental e cultural da região onde pretende atuar”, diz o zootecnista.

O mercado de trabalho, segundo Tavares, é bastante promissor, graças à modernização pela qual o setor rural tem passado nos últimos anos. “A elaboração, orientação, execução e gerenciamento de projetos agropecuários adequados às diferentes situações, de forma a aumentar a eficiência na produção animal e na comercialização de produtos, é um campo de trabalho crescente na Zootecnia. Outro mercado favorável é encontrado nas fábricas de rações e suplementos, indústrias da carne e do leite, cooperativas, associações de criadores e empresas ligadas à inseminação artificial e transferência de embriões”, afirma ele.


Conheça alguns estabelecimentos onde o zootecnista pode atuar:

  • Propriedades Agropecuárias;
  • Escritórios de planejamento;
  • Órgãos públicos de pesquisa, fomento e fiscalização;
  • Fábricas de Rações e Aditivos;
  • Instituições de ensino superior;
  • Empresas de produção e distribuição de insumos agrícolas;
  • Associações de criadores e entidades de registro genealógico;
  • Canis, gatis, abrigos de animais, pensões, hotéis, escolas de adestramento, empresas de aluguel de cães de guarda e congêneres;
  • Entidades certificadoras (rastreabilidade);
  • Exposições, feiras, leilões e outros eventos pecuários;
  • Haras, jóqueis-clubes, centros de treinamento e outras entidades hípicas;
  • Perícia judicial;
  • Bancos de crédito rural;
  • Empresas de assistência técnica e extensão rural;
  • Indústrias de produtos de origem animal;
  • Jardins zoológicos;
  • Associações ornitológicas;
  • Estabelecimentos e criadouros científicos ou comerciais de fauna silvestre.

Fonte: Texto Divulgação do Zootecnista (Henrique Luís Tavares - Zootecnista e presidente da Comissão de Zootecnistas do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP)
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Autor: Unknown

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