Melhoramento genético e nutrição estão entre as atividades da carreira. Formação exige boa base em exatas e biológicas
O gosto pelo cuidado de animais não é exclusividade do médico
veterinário. O zootecnista, que é tema do Guia de Carreiras do
G1 desta quarta-feira (27), também tem o
cotidiano profissional intimamente ligado com a criação de
bovinos, caprinos, suínos, peixes, abelhas. A diferença básica
entre as duas carreiras é que, enquanto a veterinária cuida da
saúde, a zootecnia busca aumentar a produtividade do animal.
“Aqui não pode ter romantismo. Na zootecnia, o
profissional lida principalmente com o alimento. O bovino vai
ser levado para o abate, o suíno também, e ambos serão vendidos
no frigorífico”, explica o coordenador do curso de zootecnia da
Universidade Federal do Paraná (UFPR). João Ricardo Dittrich.
Mas quem imagina que o zootecnista não quer saber
da saúde do animal, engana-se. “A profissão também tem a parte
profilática [de prevenção de doenças]. Já o médico veterinário
tem a formação para receitar medicamentos, para trabalhar com a
clínica médica”, explica Dittrich.
“Zootecnia é produção animal. O curso vai ensinar tudo o que for necessário para criar um animal: a alimentação, o manejo em um pasto, o melhoramento genético, a reprodução, o agronegócio”, resume a professora Neli Marisa Azevedo Silva, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP).
Você se pergunta: produzir o quê? Qualquer coisa que seja utilizada para o homem, de mel de abelha a búfalo, passando pela criação de frangos, aves, cabras, ovelhas, carneiros até o gado de leite e de corte. Até animais silvestres, como avestruz, entram no rol das espécies
Principais áreas da formação
Segundo o professor Dittrich, há dois troncos principais que norteiam a graduação: melhoramento genético e nutrição animal. “O melhoramento é para ter raças ou tipos que produzam mais e melhor com a menor quantidade de comida. Já a nutrição busca a melhor dieta”, diz.
Segundo o professor Dittrich, há dois troncos principais que norteiam a graduação: melhoramento genético e nutrição animal. “O melhoramento é para ter raças ou tipos que produzam mais e melhor com a menor quantidade de comida. Já a nutrição busca a melhor dieta”, diz.
Um exemplo bem claro do melhoramento genético no dia-a-dia é a
carne de porco. “Hoje em dia, a carne de suíno é mais light. Há
uns 20 anos, vinha uma manta de gordura. Com o manejo e com a
genética se descobriu uma forma de o porco acumular mais músculo
em vez de gordura”, explica Neli.
Curso
Para fornecer todo esse conhecimento, a graduação tem de ser abrangente. No país, de acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), existem 88 cursos de zootecnia. Segundo norma do Conselho Nacional de Educação, a graduação precisa ter duração mínima de cinco anos – mas algumas instituições oferecem a possibilidade de formação em quatro anos e meio, com estudos em período integral.
Para fornecer todo esse conhecimento, a graduação tem de ser abrangente. No país, de acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), existem 88 cursos de zootecnia. Segundo norma do Conselho Nacional de Educação, a graduação precisa ter duração mínima de cinco anos – mas algumas instituições oferecem a possibilidade de formação em quatro anos e meio, com estudos em período integral.
Na grade curricular estão matérias como anatomia
dos animais, biologia, física, bioquímica, matemática,
bioestatística, nutrição animal e economia rural. Os primeiros
semestres são carregados por disciplinas básicas e depois é que
começam as cadeiras relacionadas à profissão. Para se formar
também é necessário realizar um estágio supervisionado e
confeccionar uma monografia de conclusão.
De acordo com a professora Neli, o curso é composto de 60% de aulas teóricas e 40% de aulas práticas. Na USP, por exemplo, o campus é uma fazenda em Pirassununga e o estudante tem contato direto com os animais.
Fonte: g1.globo.com
De acordo com a professora Neli, o curso é composto de 60% de aulas teóricas e 40% de aulas práticas. Na USP, por exemplo, o campus é uma fazenda em Pirassununga e o estudante tem contato direto com os animais.
Fonte: g1.globo.com
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