Alimentar-se bem e ter uma boa saúde, é o desejos de muitas pessoas.
Consumir carne com qualidade e como função nutricional, é um dos caminhos para
ter uma vida saudável. Muitos componentes nutricionais tais como, vitaminas,
macro e micro minerais e principalmente a proteína, são fontes essenciais e
possuem alto valor biológico.
A carne bovina que encontramos em supermercados, boutiques de carnes, no
varejo em geral, percorre uma longa cadeia produtiva e procura atender, cada
vez mais, a exigente demanda do consumidor final.
Portanto, é importante que o conceito de "carne de qualidade"
seja introduzido e estabelecido no início da cadeia produtiva, ou seja no
campo.
Vários fatores interferem na consolidação deste conceito tais como,
sistema de produção, alimentação, raça, indivíduos de um mesmo grupos
genéticos, manejo, etc. Esses são alguns dos fatores que podem ser atribuídos
as primeiras etapas do processo produtivo. As etapas seguintes, apresentam
fatores ligados ao ambiente de industrialização e comercialização, passando
pelo transporte e armazenamento.
Diversas pesquisas tem direcionado maior atenção para fatores ligados as
etapas iniciais, principalmente aos relacionadas com ambientes (manejo),
sistemas de produção (alimentação) e a genética dos bovinos.
Trabalhando com ácidos graxos em carne bovina Ximenes (2009), considera
que o sistema de produção e o tipo de alimentação fornecido aos animais,
alteram consideravelmente a composição química da carne, principalmente o
perfil de ácidos graxos.
Como temos no Brasil grande parte do rebanho bovino que tem como base
alimentar a forragem verde (em diversos ambientes e espécies), a carne desses
animais pode apresentar níveis desejáveis de ácidos graxos monoinsaturados.
Este é um atributo importante, visto que está diretamente relacionado com a
quantidade de gordura e também com características organolépticas (ex. sabor e
suculência), que refletem na qualidade e aceitação do produto.
Ainda temos o exemplo da contribuição da genética, que através da
introdução de raças britânicas e também do melhoramento genético das raças já tradicionais,
especialmente do nelore, que tem demonstrado notável e importante evolução na
procura por animais que apresentam características específicas para a produção
de carcaças com qualidade superior. Sem dúvida nenhuma, quanto mais o
pecuarista investe em genética procurando não só aumentar os ganhos nos índices
zootécnicos (essenciais), mas também em produzir animais de qualidade, mais o
consumidor tem a ganhar.
Segundo Koohmaraie et al (2003), apud Conte J. H (2008), para uma
produção eficiente de carne com qualidade, é necessário que os pontos críticos
ligados à produção sejam controlados, pois mesmo utilizando-se as ferramentas
do melhoramento genético os fatores ambientais ainda são responsáveis pela
maioria das variações na maciez da carne, uma das característica mais
apreciadas.
São esses alguns dos exemplos e compromissos que os integrantes do
início da cadeia produtiva tem com o final (o consumidor), produzir não apenas
"boi", mas sim "boi de qualidade".
O consumidor está de olho e é exigente !
Assim, podemos concluir que o consumidor ao optar por carne bovina em
sua dieta, pode ter a certeza de que vai levar um alimento saudável, essencial,
saboroso e com qualidade. Pois o compromisso do pecuarista em produzir mais e
melhor é constante e cada vez maior.
É por isso que nós acreditamos e torcemos pelo sucesso dos pecuaristas
brasileiros.
Deixo aos amigos leitores um fraterno abraço e bom apetite ...
Texto enviado por Diéri Ramella que é Zootecnista formado pela
Universidade Federal de Santa Catarina e pecuarista.
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